33. A regeneração da humanidade, portanto, não exige absolutamente
a renovação integral dos Espíritos: basta uma
modificação em suas disposições morais. Essa modificação
se opera em todos quantos lhe estão predispostos, desde
que sejam subtraídos à influência perniciosa do mundo.
Assim, nem sempre os que voltam são outros Espíritos; são
com frequência os mesmos Espíritos, mas pensando e
sentindo de outra maneira.
Quando insulado e individual, esse melhoramento passa
despercebido e nenhuma influência ostensiva alcança
sobre o mundo. Muito outro é o efeito, quando a melhora
se produz simultaneamente sobre grandes massas, porque,
então, conforme as proporções que assuma, numa geração, pode modificar profundamente as ideias de um povo
ou de uma raça.
É o que quase sempre se nota depois dos grandes choques
que dizimam as populações. Os flagelos destruidores apenas destroem corpos, não atingem o Espírito; ativam o
movimento de vaivém entre o mundo corporal e o mundo
espiritual e, por conseguinte, o movimento progressivo dos
Espíritos encarnados e desencarnados. É de notar-se que
em todas as épocas da História, às grandes crises sociais se
seguiu uma era de progresso.